Deputado petista volta a chamar MMA de rinha humana
O PL 5534/2009 propõe a proibição da transmissão de lutas marciais pelas emissoras de TV brasileiras sob pena de multa de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) e perda da concessão pública na hipótese de quebra da regra. Mentor, que compara as lutas de MMA a rinha humana, concedeu entrevista ao Mais1Round.com.br em que falou sobre o projeto de lei e emitiu sua opinião sobre o assunto.
– A opinião de todos deve ser respeitada. O projeto que proíbe MMA na TV é de 2009, quando a RedeTV transmitia. Somente agora, após a Globo entrar no mercado, é que a luta ganhou importância. O Estado de Nova York e a França proíbem essa prática. Os médicos do Canadá (2º maior mercado de UFC) também querem baní-la do país. O Brasil proíbe rinha de galo, de canário e há cidades, como São Paulo, que proíbe rodeio porque ferem os animais. E rinha humana pode?
– Poucos anos de luta e já se sabe de três mortes. Semana passada, um jovem de 20 anos ficou tetraplégico nos EUA. É violência pela violência: chutes e joelhadas na cabeça, cotoveladas e socos repetidos no rosto. Mas é verdade, tem muito dinheiro por trás. São poucos ganhando muito dinheiro com o sangue, a desumanidade e o destempero alheios. Ontem falei, por telefone, com Éder Jofre – que como o Popó – é campeão mundial de boxe. Ambos deram muitas alegrias ao nosso povo. Éder, como eu, é contra o MMA. Popó a favor e quer regulamentar a profissão de lutador. Eu só quero proibir o televisionamento das lutas cujas violência é real e não pode ser comparada com a ficção e efeitos especiais dos filmes e novelas”, explicou.
– Vou conversar pessoalmente com os dois. O projeto de Popó não substitui nem elimina o nosso. Restringir o horário ou mudar de canal não resolve depois que a tecnologia possibilitou a gravação simultânea de programas que podem ser reprisados quando for do interesse de qualquer uma, criança, jovem ou adulto. Por oportuno, o projeto franqueia a transmissão de lutas não olímpicas desde que com autorização do Conselho Nacional dos Direitos Humanos”, encerrou.