Invicto há oito anos, Renan Barão exalta trabalho e comprometimento

No mundo, nenhum lutador de MMA dos grandes eventos ostenta invencibilidade tão longa quanto a de Renan Barão. O brasileiro, que no dia 1º de fevereiro defende pela primeira vez o cinturão linear dos pesos-galos (até 61kg), contra Urijah Faber, na luta principal da noite do UFC 169, em Newark, New Jersey, Estados Unidos, não sabe o que é derrota desde abril de 2005, quando ainda estreava nas artes marciais mistas. Ao longo dos últimos oito anos, o atleta, que terá patrocínio da Integralmédica no show, somou 31 vitórias em seu cartel.

Então com apenas 18 anos, Barão perdeu na decisão dos árbitros para João Paulo Rodrigues de Souza, no Heat FC 3 Metamorphis, em Natal (RN), cidade onde nasceu. Após se apresentar na região Nordeste do país no início da carreira, o atleta passou por eventos consagrados no Brasil como Shooto, WOCS e Jungle Fight e, vitória atrás de vitória, recebeu em 2010 a oportunidade de lutar no WEC, à época o principal evento para pesos pena e galo. Desde 2011, quando o UFC incorporou o WEC, já soma seis triunfos contra os principais nomes da categoria.

“Essa invencibilidade não tem segredo, nem mistério. É treinar muito forte sempre, correr atrás do sonho todos os dias e sair da zona de conforto. Faço isso desde que comecei minha carreira e essa invencibilidade é fruto disso tudo”, conta o brasileiro, que atualmente é o sexto colocado no ranking peso por peso do Ultimate.

Renan Barão esteve com o cinturão interino da categoria por quase dois anos, pois Dominick Cruz, atual detentor do título, estava lesionado. O UFC 169 marcaria o encontro dos campeões em combate muito aguardado, mas o americano voltou a se machucar, o que deu ao brasileiro o posto oficial de número um da divisão. Agora o atleta da Nova União reencontra um lutador que lhe traz boas recordações: Urijah Faber, a quem já derrotou, em julho de 2012, no UFC 149, justamente na luta que valia o título provisório.

Faber chega à luta embalado após quatro vitórias avassaladoras em sequência, sobre Ivan Menjivar, Scott Jorgensen, Yuri Marajó e Michael McDonald. Das quatro, três foram por finalização, algo que não assusta o potiguar, acostumado a treinar na Nova União com nomes como José Aldo, Léo Santos, Hacran Dias e Marlon Sandro, entre outras feras.

“Treino com os melhores do mundo todos os dias e estou preparado para enfrentar o Faber mais uma vez. Estou pronto para o que der e vier. Vamos ver lá em cima do octógono o que vai acontecer, lá ele vai saber se mudei ou não meu jogo. Posso dizer que treinei muito muay thai, boxe e wrestling, e que sempre me preparo para todas as áreas da luta. Vou trazer esse cinturão de volta para o Brasil”, garante o brasileiro.

Antes de sua luta, Renan Barão assistirá, pela televisão no vestiário, seu amigo José Aldo defender o cinturão dos penas (até 66kg), contra Ricardo Lamas. Uma motivação extra para o potiguar. “Lutar no mesmo dia dele vai ser demais. Durante todo o camp a energia foi super positiva e vamos ter a equipe toda reunida para a luta, vai ser maravilhoso”, comemora.

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