No MMA, o equilíbrio entre os competidores é fundamental para garantir lutas competitivas e seguras. No entanto, o termo mismatch — do inglês, “desencontro” ou “desigualdade” — tem sido utilizado para descrever combates em que a disparidade entre os lutadores é tão grande que compromete a qualidade do confronto.

Esses confrontos desproporcionais podem ocorrer por diferentes motivos, como diferença de nível técnico, experiência profissional, fase da carreira ou até mesmo desproporção física entre os atletas. Em casos em que um lutador veterano enfrenta um adversário em início de trajetória, o resultado tende a ser previsível, o que frequentemente gera críticas de torcedores, especialistas e da mídia especializada.

A história do MMA registra diversos exemplos de mismatches. Nos primeiros anos do UFC, confrontos desiguais eram comuns, como nas lutas de Royce Gracie contra adversários mais pesados, porém tecnicamente inferiores. Mais recentemente, combates como o de Valentina Shevchenko contra Priscila Cachoeira, em 2018, foram apontados como casos de disparidade, já que a brasileira estreava na organização enfrentando uma das melhores lutadoras do mundo em sua categoria.
Embora esses combates façam parte da trajetória do esporte, eles levantam debates sobre ética, responsabilidade das comissões atléticas e a atuação dos organizadores. A obrigação das entidades é proteger os atletas e oferecer ao público lutas justas e equilibradas. Confrontos equilibrados não apenas valorizam o MMA, mas também contribuem para a evolução segura dos competidores.
