Anderson Silva e brasileiros ganham destaque em ação coletiva bilionária contra o UFC

O ex-campeão peso-médio Anderson Silva é um dos nomes de maior peso na ação coletiva movida contra o UFC nos Estados Unidos, processo que se arrasta desde 2014 e ganhou novo capítulo com a aprovação de um acordo bilionário. A disputa judicial envolve acusações de monopólio e práticas anticompetitivas da organização, no período entre 2010 e 2017, que teriam prejudicado financeiramente centenas de lutadores.

Embora não tenha sido um dos autores iniciais da ação, Anderson Silva foi incorporado automaticamente como membro da classe representada no processo. Isso significa que, como um dos principais protagonistas do octógono no período analisado, o brasileiro poderá se beneficiar diretamente da indenização prevista.

Os autores da ação

O processo começou em 2014, movido por Cung Le, Jon Fitch e Nate Quarry, a quem depois se juntaram Javier Vazquez, Dennis Hallman, Brandon Vera e Pablo Garza. Esses nomes encabeçaram a disputa judicial contra a Zuffa, empresa que controlava o UFC à época, sob alegação de que a organização teria sufocado concorrentes e imposto contratos que limitavam a liberdade dos atletas.

Brasileiros em defesa do acordo

Na reta final do processo, vários lutadores enviaram declarações ao tribunal apoiando o acordo de US$ 375 milhões proposto pelo UFC. Entre eles, figuram alguns dos maiores nomes do Brasil no esporte segundo sites:

  • Wanderlei Silva, ídolo do Pride e do UFC, destacou o impacto financeiro sofrido após deixar a organização.
  • Fabricio Werdum, ex-campeão peso-pesado, relatou problemas de saúde e a dificuldade de custear tratamentos.
  • Lyoto Machida, ex-campeão meio-pesado, também reforçou a importância da compensação para atletas veteranos.
  • Outros brasileiros, como Rani Yahya, Thiago Alves, Gleison Tibau, Roger Gracie, Juliana Lima, Johnny Eduardo, Iuri Alcântara e Luis Ramos, também declararam apoio, relatando desde sequelas físicas até desafios financeiros após a aposentadoria.
Dana White presidente do UFC

Impacto histórico

O processo é considerado um marco no MMA, já que questiona diretamente o modelo de negócios do UFC, que transformou o esporte em fenômeno global, mas ao mesmo tempo concentrou receitas e limitou alternativas para os lutadores.

Para Anderson Silva, que sempre defendeu melhores condições para os atletas, a participação como membro da classe reforça sua voz fora do octógono. Já para os demais brasileiros, o apoio ao acordo é visto como uma oportunidade de reparação diante de anos de dedicação ao esporte sem retorno financeiro proporcional.

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