Conheça um pouco mais do brasileiro, que enfrenta Donald Cerrone no próximo domingo (21)

Alguns lutadores não acreditam no conceito de “pouco tempo”. Donald Cerrone é o melhor exemplo. Mas outro “Cowboy”, Alex Oliveira, é dotado do mesmo espírito, então não foi uma surpresa quando o brasileiro aceitou enfrentar Cerrone entre os meio-médios a pouco menos de duas semanas antes da luta principal do UFC Pittsburgh, no próximo domingo (21).
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“Não houve nenhuma hesitação”, disse Oliveira após ser anunciado como substituto de Tim Means. “Sempre que o UFC precisar de mim eu estarei pronto. Eu nunca paro de treinar. Acredito que nós temos que estar sempre prontos para a guerra, e a guerra pode acontecer a qualquer momento. ”
Tudo parece muito bem no papel, mas a verdade é que Alex Oliveira irá a outro nível. Quando ele pisar no octógono no Consol Energy Center, será para fazer a sua sexta luta nos últimos 12 meses, e coincidentemente no dia do seu 28º aniversário. A data poderia até gerar certo ciúmes em Cerrone, além do fato de que os lutadores compartilham não apenas a mesma ética de trabalho, mas também um apelido. Contudo, Alex Oliveira acredita que não deve haver dúvidas sobre quem merece o apelido.

“Eu sou o verdadeiro Cowboy”, disse o lutador, nascido na cidade de Três Rios, no estado do Rio de Janeiro. “Eu costumava montar em touros de verdade e também competir em rodeios de verdade.”
Era uma vida díficil, e ainda que lutar no octógono não seja menos desgastante para ele ou para seus companheiros, pelo menos agora, a carreira no UFC aparece como uma luz no fim do túnel, e com 2015 sendo um ano que ele provavelmente nunca vai esquecer.
“Foi um ano mágico”, disse Oliveira. “Entrei no maior evento de MMA do mundo e consegui comprar uma casa para minha mãe. Espero que 2016 seja ainda melhor.”
Iniciando o ano com uma vitória sobre Joilton Santos no circuito local, Oliveira recebeu um convite de última hora para enfrentar o então invicto lutador do peso-leve Gilbert Bruns, luta na qual acabaria sofrendo uma virada e sendo finalizado faltando apenas 46 segundos para o fim.

Depois meses depois, ele voltou novamente a substituir um lutador, mas dessa vez finalizou KJ Noons em um duelo pelos pesos-meio-médios. Menos de um mês depois de sua primeira vitória no octógono, Oliveira se manteve na categoria e derrotou Joe Merritt, mas foi em seu retorno ao peso-leve, em novembro de 2015, que ele chamou a atenção nocauteando Piotr Hallmann e conquistando um bônus de melhor performance da noite.
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O cheque daquele bônus foi direto para a compra da casa para a sua mãe, e essa história, junto a sua vontade de lutar e a dura estrada para a glória, fez dele um ídolo dentro de sua casa.
“Eu acho que eles (os fãs) me seguem porque eu sou uma boa pessoa e tive uma vida difícil”, disse ele. “Eu acho que me identifico com as pessoas que têm de lutar para sobreviver. Eu não recuso lutas; Eu vou lá e batalho. E eu amo colocar isso em um show. ”
O consenso sobre o evento principal deste final de semana é de que ele certamente vai dar um show, mas Oliveira não está indo apenas para fazer uma boa luta. Ele está indo para Steel City para ganhar.

Mestre Phillp Lima e Alex Cowboy
“Ele tem alguns chutes perigosos”, disse Oliveira sobre seu adversário. “Mesmo assim, eu já enfrentei outros adversários como ele antes.”
Com 13 vitórias em 17 lutas, e sendo alguém que já competiu entre os meio-médios anteriormente, ele acredita que também leva alguma vantagem sobre o recém-chegado à divisão, Donald Cerrone.
“Os meio-médios e o peso-leve são duas categorias muito diferentes.”, disse. “Eu acredito que ele vai sentir a minha força.”
“Eu não sei. Isso é algo que eu tenho que pensar, mas minha preferência ainda é pela divisão dos leves. ”
A única certeza é que 2016 será outro ano memorável para esse “Cowboy”.
“Eu vejo muitas vitórias e muitos sorrisos”.
